Queridos amigos, meu nome é Charles Oliveira, médico anestesiologista e intervencionista de dor a mais de 20 anos. Hoje vou falar um pouquinho dessa história de como a medicina tem evoluído e caminhado com a tecnologia. Até o início dos anos 2000, todos os procedimentos que fazíamos eram com palpações anatômicas. Colocávamos a nossa mão, conhecíamos a referência anatômica e ali inseríamos, colocávamos uma agulha e sentíamos que estávamos no local correto. E assim funcionava e continua funcionando em muitas regiões do nosso país.

Mas hoje temos uma ferramenta muito interessante, que é o uso do ultrassom. O ultrassom possibilita fazermos procedimentos no consultório, ou no hospital, visualizando o que tem ali debaixo, percebendo que ali debaixo tem uma artéria, uma veia, um nervo e tem um alvo a ser atingido. Com isto, muito se melhorou. E outro recado: o ultrassom saiu de dentro do hospital e entrou nos consultórios médicos. Hoje, conseguimos fazer exames físicos no próprio consultório com seu médico de dor ou seu médico ortopedista. Essa é uma ferramenta que vai estar no consultório de todos os médicos nos próximos 15 anos.

Aqui temos o novo estetoscópio do médico do século XXI. Ao invés de pedirmos exames e esse paciente ir para outra clínica e retornar com resultado, podemos fazer o diagnóstico presencialmente e já fazermos uma intervenção: colocar uma agulha no ponto exato. Você faria isso com sua mãe? Sim. Isso fiz ontem com a minha mãe.

Esse exame aqui refere-se a uma bursite da minha mãe, na região do quadril dela, e tratamos ontem. Ela chegou com a dor, eu examinei, já coloquei uma agulha, fiz um procedimento e hoje ela já me falou: “estou bem melhor, meu filho”! Espero que tenha gostado desse vídeo e tenha entendido como que a tecnologia tem invadido os consultórios médicos.

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