O ano era 2004 quando pela primeira vez ouvi falar sobre o uso do ultrassom nos tratamentos de dor. Atribuía-se a ele maravilhas como ser precioso auxiliar durante o exame físico ou servir de guia na colocação da agulha em alvos específicos.
Um colega do Rio de Janeiro, Dr. Luiz Henrique, escreveu-me do Canadá dizendo sobre essas novidades. Aqui o ultrassom já é chamado como novo estetoscópio do médico do século XXI,” dizia Luiz. Desdenhei da afirmação já que acreditava que os procedimentos guiados pelos raios X jamais cederiam espaço. Se arrependimento matasse…
Com atraso, em meados de 2010 abracei a tecnologia do ultrassom. Com certa timidez e todas dificuldades de um iniciante apresentado a novas tecnologias, fui frequentar cursos de ultrassonografia para estudo de músculos em duas prestigiosas escolas de nosso país, a Cetrus de São Paulo e a Fatesa/EURP de Ribeirão Preto. Nestes dois locais conheci excelentes professores como os Drs. Ronaldo Lins, Fernando Mauad, Garcia e Renato Stocche.
Já com alguma experiência, direcionei meus estudos aos cursos WAPMU (World Academy of Pain Management Ultrasonography). Assisti cursos em Miami, Atlanta, Nashville, Las Vegas, muitas dessas vezes acompanhado pelo meu amigo Thiago Nouer, outro aficionado pelo ultrassom. Também com Thiago, frequentava com certa regularidade o serviço de verificação de óbitos da Universidade de São Paulo, onde pudemos desenvolver nossas habilidades. Muito valorosa foi uma semana em Goiânia onde pude compartilhar do conhecimento do meu amigo professor Dr. Monres.
(Atualização) Em 16/12/2016 recebi meu CIPS – Certificação em Ultrassonografia na Dor após conclusão dos cursos pelo WAPMU referido anteriormente. No final de novembro, início de dezembro/2016, realizamos o VI Curso Singular em Ultrassonografia na Dor com presença dos professores convidados Xavi Sala Blanc (Barcelona), Manuel Perez (Valência), Luiz (Duque de Caxias).
E em 2017, na cidade de Chicago, EUA, consegui a certificação pela Sociedade Americana de Anestesiologia Regional (ASRA) em Ultrassom em Dor e Músculo-esquelético.
E por que tanta história? Para chegar ao Ezequiel Freitas Miranda. Para construirmos conhecimento é necessário muito esforço, dedicação, interesse no assunto e alguém para nos estender as mãos.
Ezequiel é um técnico em radiologia que trabalha em um dos hospitais onde atuo. Com interesse ímpar e muito envolvimento, ele é o responsável pelas imagens de nossos procedimentos, ajudando-nos a conferir se a agulha guiada pelo ultrassom esta realmente no alvo — certificando com raio X.
Assim, aprendi ser esta a melhor forma de aprender e ensinar procedimentos guiados por ultrassom, onde eu e meus fellows Ana Carolina e Karen aprendemos mais a cada semana sobre o uso dessa tecnologia.
A você Ezequiel, nossos sinceros agradecimentos por estar conosco e demonstrar a todos nós o quanto é feliz em sua profissão.
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No Singular, já estamos oferecendo o II Curso Singular de Intervencionismo em Dor guiado por Ultrassom (2018)
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