Ultrassom – método seguro chegou para ficar

Ícone da profissão médica, o estetoscópio, agora conta com um aliado forte e cada vez mais popular nos consultórios e procedimentos médicos: o ultrassom (US). Além de examinar o paciente externamente “ouvindo” os sons emitidos pelos órgãos com estetoscópio, o médico consegue fazer o mesmo “vendo” imagens dos tecidos moles, vasos, tendões, músculos, nervos, e articulações em tempo real com o aparelho de US.

Ultrassom atraves dos temposCom sua evolução, a ultrassonografia, antes mais conhecido por seu uso na área obstétrica, consolida seu lugar na medicina como exame de imagens seguro para ser usado a beira do leito, sem utilização da radiação ionizante.

Entre nós médicos, o US chega a ser chamado de “estetoscópio do médico esportivo”.  E pensar que um dia tinha de ficar submerso, imóvel na banheira para fazer a imagem como mostra a foto maior em preto-e-branco ao lado!

Ultrassom diagnóstico e terapêutico
Dr. Samir Narouze, autor do “Atlas de Procedimentos Guiados por Ultrassom na Medicina Intervencionista da Dor” (Ed. Springer 2010), escreveu assim: “Alguns estudos clínicos indicam que a ultrassonografia diagnóstica pode ser superior ao exame físico, entao várias escolas de medicina americanas oferecem agora treinamento em ultrassom nos estágios iniciais dos seus programas – embora ainda não haja consenso sobre esta abordagem.”

A disseminação do seu uso ganhou reforço com uma publicação no New England Journal of Medicine neste mês de março, em que dois professores do Brigham Young Women’s Hospital, hospital-escola de Nova Iorque, Drs. Scott D. Solomon e Fidencio Saldana, defendem o uso do US a beira do leito. Convictos do papel do exame em diagnósticos e tratamentos, propõem a inclusão de treinamento em ultrassom como disciplina nos cursos de medicina.

Além de salvar vidas, a tecnologia reduz os custos à saúde pública por ajudar a chegar a um diagnóstico em menor tempo e por evitar procedimentos exploratórios mais caros e invasivos. Um grande número de centros médicos e consultórios particulares já contam com o aparelho devido ao seu custo relativamente moderado.

Diante da popularização da ferramenta, uma pergunta é inevitável: será que esta tão distante o tempo em que cada consultório médico terá seu aparelho de US?

Ainda esta semana leia sobre os procedimentos guiados por US da perspectiva do médico intervencionista de dor. Não percam!

Texto: Camille Khan, editora do blog Mundo sem Dor

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