De acordo com as diretrizes da Associação Médica Brasileira e Do Conselho Federal de Medicina (2004), validando para a população brasileira as orientações do Colégio Americano de Reumatologia sobre a fibromialgia (FM), publicadas em 1990, a educação do paciente e o suporte psicológico são indicados no tratamento não farmacológico da síndrome.
Educação do paciente
É muito importante que o paciente, seus familiares e/ou cuidadores estejam bem informados sobre a doença.
A enfermidade, de longa duração e com queixas persistentes, acaba afetando a família de uma maneira ou outra. Quanto mais informações tiverem a família e os cuidadores, melhor será a atitude do paciente com relação à sua dor. E quanto mais suporte ele tiver das pessoas do seu convívio, mais condições terá para enfrentar a dor.
O paciente precisa estar ciente que a FM não é uma patologia incapacitante, não é uma doença rara; e que seus sintomas são reais (a dor orgânica não é a única dor real). É preciso desfazer a ideia de que, se procurar por tempo suficiente, achará a causa e a cura da doença , ou que exames anormais validam e explicam sua dor.
Suporte psicológico
O referido estudo relata que entre 25% a 50% dos pacientes apresentam distúrbios psiquiátricos concomitantes, que dificultam a abordagem e a melhora clínica.
Quando estas concomitâncias ocorrem, é preciso o suporte psicológico profissional. A abordagem psicológica mais efetiva é a cognitivo-comportamental combinada com técnicas de relaxamento, ou exercícios aeróbicos e alongamentos.
Por fim, é sempre desejável que o paciente mantenha uma atitude positiva, e que, visando a redução da dor, exerça um papel ativo no enfrentamento da sua dor e na reabilitação de suas funções psicossociais.