Quais são as principais dores provenientes do câncer?

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Lidar com um câncer definitivamente não é uma tarefa fácil. Desde o momento da descoberta até o tratamento, são inúmeros os sentimentos que inundam a cabeça de quem sofre com essa doença: medo, preocupação, tristeza, desesperança… e é compreensível que se sintam assim. Afinal, é algo temido por todos e tudo na vida do paciente muda quando se descobre.

Impacto da Dor no Câncer

De todos os sintomas que o paciente com câncer apresenta, a dor é sempre o mais temido. O sofrimento desses pacientes é resultado de pensamentos sobre a incapacidade física, do isolamento social e familiar, das preocupações financeiras, do medo da mutilação e da morte. A dor pode fazer com que outros aspectos do câncer, como fadiga, fraqueza, falta de ar, distúrbios do sono, depressão, ansiedade e confusão mental, e alguns efeitos colaterais devido aos tratamentos como náuseas e vômitos, pareçam mais graves.

Tratamentos Eficientes para o Controle da Dor

Existem tratamentos efetivos para controlar a dor dos pacientes com câncer, sendo que os procedimentos intervencionistas em dor são uma excelente arma quando bem indicados. É importante ressaltar que esses procedimentos intervencionistas não devem ser reservados para as falhas medicamentosas e devem ser recomendados precocemente sempre que possível, desde que não haja contraindicações.

Impacto Psicológico da Dor no Câncer

Há evidências de que os pacientes com dor causada pelo câncer apresentam mais distúrbios emocionais que os pacientes com câncer sem dor.

A Medicina da Dor e Seus Benefícios

Os tratamentos com medicamentos, quimioterapia, terapia alvo, hormonioterapia, cirúrgicos e radioterápicos podem provocar efeitos colaterais que variam de pessoa para pessoa dependendo de vários fatores. Alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais mais graves, outros mais leves ou até mesmo não apresentar qualquer efeito colateral.

Infelizmente, nem todas as pessoas com câncer se beneficiam dessas estratégias de alívio da dor. Fato recorrente é que os pacientes e médicos oncologistas não dão tanta ênfase à queixa da dor, focando a consulta na doença base e não nos sintomas. Por desconhecimento, a maioria das pessoas não sabem o que a medicina da dor pode oferecer, tais como reduzir a dor, reduzir o consumo de medicamentos e, por consequência, reduzir os efeitos colaterais produzidos por essas medicações.

Papel do Médico da Dor

O médico da dor não compete com o oncologista, e sim, soma forças a este. Está em nosso foco combater a dor e outros efeitos adversos que a doença e tratamentos instituídos estão causando.

Importância do Tratamento Interdisciplinar

O tratamento interdisciplinar é o melhor caminho a ser seguido.

O Que Devo Fazer?

O objetivo principal do tratamento da dor no câncer é o suporte para o paciente, seja ele com medicamentos ou procedimentos intervencionistas para dor, além do suporte físico, psicológico e social, sempre buscando a melhora na qualidade de vida e tratamento humanizado ao paciente que, além do sofrimento da doença, ainda apresenta a dor como um dos principais sintomas.

Descreva a Dor ao Seu Médico

Quando conversar com o seu médico, é importante que você descreva o local da dor e suas características. Conte com o máximo de detalhes possíveis se a dor é leve, moderada ou severa, se é constante ou intermitente, se desaparece espontaneamente, o tempo de duração, o que você costuma fazer para aliviar, o que faz esta dor piorar, etc. Se você fizer uso de algum medicamento, conte qual a dosagem, com que frequência, e se o medicamento está ou não ajudando. É importante levar um papel com estas informações anotadas.

Cuidados Complementares

Procure sempre relaxar, praticar meditação ou ioga. Essas práticas ajudam a diminuir a tensão muscular, a ansiedade e a dor. Lembre-se que corpo e mente são indivisíveis e que cuidar de um melhora o outro.

Comunicação Constante com o Médico

Comunique sempre ao seu médico se ocorrerem mudanças nas características da dor que sente, para que ele possa modificar ou ajustar a medicação prescrita ou indicar um novo procedimento intervencionista de dor para conseguir um melhor controle da dor.

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