O impacto da dor crônica
Se uma dor que ocorre ocasionalmente já é suficiente para incomodar e atrapalhar até o nosso humor, imagine conviver com uma dor constante durante meses ou até anos! Pelo menos 60 milhões de brasileiros, o que corresponde a 37% da população, sofrem com dores crônicas, que são aquelas que duram mais de seis meses, podendo ser constantes ou intermitentes, e quase sempre estão relacionadas a algum processo de doença crônica.
Esses dados são de um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (Sbed), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina e a Faculdade de Medicina do ABC. Contudo, assim como outras áreas, a medicina está em constante evolução, e uma especialidade tem transformado a forma como lidamos com a dor: a medicina da dor.
O que é a medicina da dor?
A medicina da dor foi formalmente divulgada em 2011 por meio de uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada no Diário Oficial da União. O principal objetivo dessa área é aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem com dores crônicas.
Como funciona o diagnóstico na medicina da dor?
Embora os tratamentos variem conforme o caso, o princípio é o mesmo: o médico da dor realiza uma análise detalhada para descobrir as causas específicas da dor do paciente. Esse processo inclui:
- Observação de achados fisiológicos.
- Estudos radiológicos e laboratoriais.
- Diagnósticos que permitem identificar com precisão a origem da dor.
Quais são os tratamentos disponíveis?
A partir dessa investigação, o médico define o tratamento ideal, que pode incluir:
- Medicamentos.
- Técnicas de fisioterapia.
- Psicoeducação.
- Acupuntura.
- Infiltrações medicamentosas.
- Bloqueios de nervos.
- Técnicas neuromoduladoras, que podem ser invasivas ou não invasivas.
Muitas pessoas hesitam em buscar esses tratamentos, acreditando que são caros. No entanto, a maioria das opções são acessíveis e, além de controlar a dor, ajudam a reduzir o consumo de medicamentos — uma prática que, a longo prazo, pode causar outros problemas de saúde.
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Como a medicina da dor pode ajudar?
O principal objetivo da medicina da dor é reduzir e controlar a dor, permitindo que o paciente tenha uma vida com mais qualidade. Afinal, quem não quer aproveitar mais momentos com a família, amigos, ou realizar atividades do dia a dia sem incômodos?
A importância do autoconhecimento
Além disso, cada pessoa possui uma maneira única de lidar com dores, traumas ou doenças crônicas. O autoconhecimento é um aliado importante, pois ajuda a enfrentar dificuldades, criar estratégias e superá-las de forma mais eficaz.
Um tratamento personalizado
Embora o foco seja sempre resolver o problema, alguns casos exigem tratamentos contínuos e multidisciplinares. Mesmo diante de uma rotina corrida ou de limitações causadas por uma doença crônica, é possível adotar hábitos saudáveis, como:
- Praticar atividades físicas.
- Manter uma alimentação equilibrada.
- Cuidar da saúde mental.
- Valorizar boas relações sociais.
O papel do médico da dor
Esses hábitos são essenciais para promover bem-estar, melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade.
O médico da dor, com sua experiência clínica e conhecimento especializado, é quem está capacitado para determinar os recursos mais adequados, sempre considerando as principais necessidades e possibilidades de cada caso.