Médicos intervencionistas na copa do mundo

A conquista da copa do mundo pela Alemanha  foi justa. Nenhuma equipe apresentou tributos tão consistentes como a  equipe alemã. Além do ótimo futebol apresentado, esbanjaram simpatia e carisma por onde passaram. Hoje, já de volta à Alemanha, estamparam uma grande faixa em português: obrigado fans.

Como quase todos os brasileiros eu não estava interessado na Copa até ela começar. Sentia tristeza pelas noticias de superfaturamento de obras, mandos e desmandos da FIFA, e a construção de estádios que não servirão para prática de futebol em estados onde o futebol não é atrativo. Por isso, não me frustrei por não ter sido sorteado para adquirir ingressos pelo site da FIFA. Mas quando a bola rolou, senti vontade de ir a algum jogo, de qualquer seleção.

Pouco sabia que uma surpresa me aguardava. A vida associativa dos médicos intervencionistas de dor é intensa; sempre que possível nos ajudamos muito. Um desses colegas, Jan van Zundert, um belga referência mundial em medicina baseada em evidências, conseguiu ingressos para vir ao Brasil. Ajudei-o então a desenvolver um roteiro pelas terras brasileiras, junto com Débora, minha ótima agente de viagens da Portal Turismo.

Dois dias antes do jogo Brasil vs. México, na cidade de Fortaleza, van Zundert me telefona dizendo que estava com um ingresso sobrando pois um de seus amigos não pôde vir.

Inicialmente declinei o convite, alegando que estava com atendimentos agendados, além da dificuldade de passagens. Ele disse para eu refletir: jogo de Copa do Mundo, no Brasil e do Brasil. Isso me deu um frio na barriga. Consultei então minha esposa, ainda em dúvida, e ela respondeu assertivamente: vá!

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Consegui passagem aérea a preço de copa ($$) saindo no dia seguinte de São Paulo às 23 horas (de Campinas já havia esgotado) e fui! Que bela experiência! Ver uma torcida mexicana agitar mais o estádio que o triplo dos brasileiros presentes em um clima de completa harmonia. A surpresa maior veio na forma da área de hospitalidade, onde estava disponível comida e bebida à vontade 3 horas antes do jogo e até 2 horas depois. São momentos que, se não são vividos não fazem falta, mas quando usufruídos, nos geram recordações para toda a vida.

No dia seguinte ao jogo, tivemos tempo par ir a alguns pontos turísticos do Ceará. Dali, meus companheiros seguiram para Manaus e eu retornei a Campinas.

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Me convidaram para o jogo da Bélgica no Maracanã no domingo seguinte mas agradeci; já estava feliz com o que havia vivenciado com eles na Copa do Mundo do Brasil.

Todos os turistas com quem conversei levaram uma ótima impressão da hospitalidade brasileira e referiram vontade de retornar quando possível. Mérito de todos os brasileiros e não de nossos políticos.

Vencer ou perder faz parte do jogo. Agora nós brasileiros iniciaremos uma nova copa, esta em novembro, quando elegeremos novos governantes para nosso país. Não podemos ser indiferentes em relação ao descaso que vem sendo tratada a saúde, segurança, educação, o superfaturamento de obras e a impunidade do colarinho branco.

Ainda agora foi aprovada a lei da palmada, uma lei que vai contra todas as  famílias brasileiras onde não se pode mais dar palmadas corretivas nos filhos; uma lei que viola as leis bíblicas. Nas urnas, sem qualquer tipo de vandalismo, cada um de nós poderá fazer a diferença, rejeitando com o voto aqueles que tratam o dinheiro público com descaso. O Brasil merece o melhor!

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