Muitos pacientes chegam no consultório do médico de dor com a expectativa de sair de lá com sua dor crônica solucionada. No entanto, a dor crônica é uma entidade complexa que é recomendável tratar com uma abordagem multidisciplinar – a participação de vários especialistas de diversas áreas– no diagnóstico e escolha dos tratamentos.
Figura
Figura modelo biopsicossocial de dor.
Fonte: Marquez, Jaime Olavo. (2011). A dor e os seus aspectos multidimensionais. Ciência e Cultura, 63(2), 28-32. https://dx.doi.org/10.21800/S0009-67252011000200010
Na primeira consulta o médico de dor ouve o relato da história de adoecimento do paciente e sua descrição do tipo e intensidade da dor, como afeta sua vida e outros. Vê os exames mais recentes do paciente e pode pedir outros. Irá investigar as causas da dor.
Mesmo sem a confirmação de um diagnóstico, o médico pode começar a tratar a dor. Com a dor aliviada, o paciente ganha um ‘tempo para respirar’, o que o deixa em melhores condições e com mais confiança para iniciar o enfrentamento da dor crônica ou a doença causadora de dor. Poderá iniciar uma fisioterapia ou uma mudança de estilo de vida, tendo em mente a recuperação das suas funções.
Da mesma forma que um paciente e seu nutricionista discutem uma dieta adequada no curso de uma doença, o médico de dor conversa sobre o regime de alívio da dor (analgesia). O tratamento convencional começa com medicamentos orais e à medida que sobem os degraus de tratamento [escada de dor], poderá ser indicado a realização de procedimentos minimamente invasivos (sem cortes).
O médico intervencionista de dor está treinado para fazer estas técnicas e antes de concordar em passar por um desses tratamentos, o paciente deverá verificar se o profissional tem experiência na realização das técnicas intervencionistas e conhecimento profundo dos protocolos que as regem.