Tenho tido a oportunidade de testemunhar uma enorme revolução no tratamento da dor. Aqui um bom exemplo: procedimentos realizados com ultrassonografia durante o curso de bloqueios para dor que ocorreu no Singular – Centro de Controle da Dor em Campinas, com a ilustre presença do Professor Mike Gofeld, diretor clínico do centro de controle da dor da Universidade de Washington e presidente da Associação Americana para Controle da Dor com Ultrassom (AAPMU) e da Dra. Marta Imamura, fisiatra, HCFMUSP, Instituto Lucy Montoro (onde a doutora, por sinal, realiza um belíssimo trabalho com a recuperação de inválidos).
Mais precisão
Neste método, o médico intervencionista em dor, ou, no caso de cirurgias, o anestesiologista, localiza o nervo utilizando a ultrassonografia. A grande vantagem é a localização mais precisa do nervo que será bloqueado, além de visualizar artérias e veias, alvos que devem ser evitados.
Bloqueios Anestésicos
No caso da dor, isto significa que o médico intervencionista consegue visualizar com mais exatidão o nervo causador da dor onde ele/a realizará o bloqueio.
Uma vez localizado, é injetado próximo ao nervo anestésico e anti-inflamatório, ou é aplicada uma corrente de RF (radiofrequência) convencional ou pulsada (com esta modalidade terapêutica, os sinais da dor são interrompidos, sem impedimento da atividade motora da pessoa).
Para o anestesiologista, significa que ele/a, na utilização de um bloqueio anestésico, não introduz agulhas mais somente por referências anatômicas, e sim, guiado pelas imagens do ultrassom. Uma outra opção é a fluoroscopia (visão por raio-X), porém, nem sempre este aparelho está disponível.
Assim como o monitor cardíaco e a oximetria de pulso (aparelho que monitora a oxigenação no sangue arterial) revolucionaram a anestesiologia, a aplicação da ultrassonografia nos procedimentos anestésicos e no tratamento da dor apresenta-se como um importante método tanto para o médico quanto para o paciente, já que agrega mais segurança aos procedimentos.
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