Escoliose – Parte I

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 A escoliose é:

  • uma curvatura anormal da coluna.

Toda coluna tem uma curvatura natural. Os seres humanos precisam dessas curvaturas na coluna para ajudar a manter a parte superior do corpo equilibrado e alinhado com a pelve. Quando há curvaturas anormais com desvio lateral da coluna, referimos a esta condição como escoliose.

  • classificado de acordo com a causa e idade em que o desvio se desenvolve
  • tratado de acordo com a severidade do desvio e o risco de agravamento do mesmo

O início da escoliose pode ocorrer no período pré-natal, na infância, na adolescência, ou, mais raramente, na vida adulta. No caso dos adultos, resulta de alterações degenerativas da coluna, próprias do envelhecimento.

Tipos básicos:

  1. Funcional (desenvolve devido a um problema em outra parte do corpo, não devido à curvatura primária da coluna)
  2. Neuromuscular (desenvolve durante a formação/separação dos ossos da coluna)
  3. Degenerativa (ocorre em adultos mais velhos e resulta das modificações na coluna devido ao desgaste por vários motivos)
  4. Outros (curvatura lateral da coluna de causa desconhecida)

Sinais e sintomas

Há vários sinais da escoliose: ombros com alturas diferentes, a cabeça não alinhada diretamente acima da pelve, proeminência da caixa torácica ao dobrar o corpo, cintura desigual, ou um quadril levantado em relação ao outro. A escoliose avançada pode causar dores na coluna, rigidez e dor depois de um período prolongado sentado ou em pé, espasmos, dificuldades para respirar, e até fadiga.

A queixa mais comum é devido à aparência com deformidades.

Principais causas da escoliose

Idiopática – Na maioria dos casos, a causa da escoliose é idiopática, ou seja, de causa desconhecida. Sabe-se que ela se desenvolve mais para o meio e final do período da infância, antes da adolescência, e que acomete mais o sexo feminino.

Congênita ou Infecciosa – A escoliose pode iniciar durante o desenvolvimento fetal. Quando as vértebras da coluna não desenvolvem normalmente, devido a doenças congênitas como síndrome de Marfan, síndrome de Ehlers-Danlos, e osteocondrodistrofia (nanismo). O resultado dessa deficiência na formação óssea das vértebras, ou separação delas, pode ser uma deformidade escoliótica.

O mal de Potts (infecciosa) ou tumores como osteoma osteóide (tumoral) são outras possíveis causas da escoliose.

A escoliose adulta pode representar a progressão de uma patologia que de fato começou na infância e não fora diagnosticada ou tratada durante o crescimento da pessoa.

Pós-traumática – A escoliose também pode ser causado por algum trauma sofrido, como queda, fratura ou acidente.

Degenerativa – a causa mais comum da escoliose adulta degenerativa é o desgaste da coluna.


Geralmente ocorre após os 40 anos. Em mulheres mais velhas, é relacionada com osteoporose. A osteoporose é a perda de cálcio nos ossos. Como eles sustentam o corpo, uma das consequências é o enfraquecimento da coluna vertebral.

Neuromuscular – consequências de distúrbios neurológicos (distrofias, miotonias, hipotonias)

Numa radiografia, a coluna de uma pessoa com escoliose mais se parece com um “S” ou um “C” do que com uma linha reta.

Radiografia escoliose

Exame e Diagnóstico
Primeiro o médico investigará se tem história de escoliose na família, ou se você vem sentindo alguma dor, fraqueza, ou se tem outros problemas médicos.

O exame clínico envolve examinação da curvatura da coluna, olhando-a de perfil, de frente e de costas.

O médico lhe pedirá para se inclinar e tentar tocar os dedos do pé, assim como observar a mobilidade da sua coluna e dos seus quadris, e sua deambulação (maneira que caminha).

Também observará a simetria do corpo para ver se os quadris e os ombros estão com a mesma altura. Normalmente, além do exame clínico, um diagnóstico de escoliose é confirmado mediante testes com radiografias da coluna, imagens de tomografia, ou de ressonância magnética.

No próximo post…as opções de tratamento disponíveis.

Até breve e tenham um ótimo início de semana!

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Atualizado em 12/10/2013

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