Um Mundo sem Dor

“All we are saying is give peace a chance” cantou John Lennon, sonhando com um mundo melhor, e eu, com um mundo sem dor.

Nesta época do ano ouvimos muito essa música sendo tocado e, pensamento vai, pensamento vem, surgiram no pensamento os vítimas de trauma resultantes de explosões na guerra, sofrendo lesões traumáticas ou perda de membros, e, não menos, os médicos que arriscam suas vidas diariamente para salvar os feridos.

Com isso podemos ver que o trabalho incessante dos médicos intervencionistas em dor ocorre não somente entre civis, mas também entre militares que sofrem estes traumas em batalha. Envolvem-se equipes multidisciplinares de anestesiologistas, ortopedistas, neurologistas, e outro pessoal médico, só que em outro campo.

Quem já leu a história sobre o trabalho do pai da dor, o anestesiologista, John Bonica, lembrará como os estudos foram conduzidos porque ele buscava uma forma mais eficaz de aliviar a dor dos milhares de homens feridos, ou que tinham sofrido perda de membros, durante a Segunda Guerra Mundial. Este trabalho continuou a ser desenvolvido por ele para fins civis no Tacoma Hospital.

Em 19 de agosto deste ano, o Army News Service de Washington (Serviço de Notícias do Exército) publicou uma reportagem informando o público sobre as novas medidas de combate a dor que estavam tomando na frente da batalha–as técnicas minimamente invasivas.

O sistema de controle da dor utiliza aparelhos de ultrassonografia de alta-definição para guiar a inserção de catéteres periféricos que irão administrar anestesia regional em nervos alvo para bloquear a dor. Pode-se usar a técnica  na sala de cirurgia dentro de minutos de ocorrido a lesão, diminuindo assim o tempo em que o ferido sofre dor durante o transporte até um dos hospitais, Walter Reed Army Medical Center ou Bethesda Naval Hospital, ambos em Washington, D.C.

O vice-cirurgião-chefe, Lt. Col. Kevin Brady, foi enviado para treinar anestesiologistas nas três maiores bases dos americanos “Estas técnicas oferecem uma forma imediata de alívio da dor que dura até 6 semanas – muito mais que as drogas intravenosas e os narcóticos,” disse ele.

Ele explicou que tudo isso faz uma diferença significativa no conforto dos feridos em seu retorno para casa já que, por estancar a dor cedo, melhoram todos os elementos da recuperação do soldado que sofreu a lesão, o físico e o psicológico.

Anteriormente, estes feridos que haviam perdido membros devido às traumas por explosões, e que sofriam de dor do membro fantasma, recebiam tratamento com altas doses de narcóticos, que poderiam causar dependência.

Felizmente, não é nossa realidade no Brasil e espero que nunca seja.  A reportagem salienta a importância que o controle da dor com técnicas de última geração pode ter na recuperação do paciente.

Por isso continuamos a desenvolver nossos estudos sobre a dor e com a troca de informações com estas várias fontes ao redor do mundo, nosso trabalho fica mais rico e traz benefícios para todo segmento da sociedade.

Até o próximo post!

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