Com seu efeito seletivo sobre as fibras nervosas, reduz a dor nas áreas alvejadas, porém, deixa intacta sua capacidade sensorial.
O que é radiofrequência?
São ondas de rádio usadas para realizar tratamentos. Estas ondas são as mais baixas no espectro eletromagnético e se propagam em uma corrente elétrica alternada com frequência de 500 000 Hz.
Radiofrequencia Convencional (RFC) – neste procedimento, a onda emitida é contínua e calor é formado pela passagem da corrente pelos tecidos. O calor gerado provoca um desarranjo na função da área submetida à lesão térmica. Também conhecido por RF térmica ou convencional, é feito sob anestesia local sob sedação leve.
Radiofrequência Pulsada (RFP) — as ondas geralmente são pulsadas em 2 ciclos de 20 milisegundos a cada segundo, seguido de uma pausa durante o qual o tecido esfria. Por ser pulsada, a temperatura se mantém baixa e o alívio da dor é atingido somente pela ação da RF sobre o tecido-alvo.
Quando o tecido em torno do eletrodo é exposto ao campo elétrico, as sinapses nervosas são moduladas, ao contrário da destruição do nervo que ocorre quando a temperatura é elevada. O efeito modulatório desta técnica permite que seja usada em regiões onde antes não era possível.
Procedimento realizado sob anestesia local e sedação leve.
Considerações:
– Como a ponta do eletrodo (a ponta ativa) é a área onde aquece o tecido, seu tamanho ideal e posicionamento adequado são importantes para o médico realizar a lesão térmica no tamanho desejado.
– Abaixo de 45ºC os danos ao tecido são reversíveis.
– Estas técnicas têm um efeito seletivo sobre as fibras nervosas, reduzindo a dor nas áreas alvejadas, porém, deixam intacto sua capacidade sensorial porque preservam as fibras de grande calibre. Em outras palavras, a pessoa não deixa de sentir, nem sofre nenhuma alteração motora, apenas não sente dor.
– Diferentes tecidos geram diferentes resistências à corrente alternada, a chamada impedância. Esta é influenciada principalmente pela condutividade e vascularização do tecido.
Este tratamento é minimamente invasivo e indicado quando o tratamento conservador não funciona. Também é alternativa a tratamentos mais invasivos como a cirurgia. Trabalhando com alvos selecionados, é seguro e eficaz no manejo da dor, sem contar que tem baixo índice de complicações e efeitos adversos e rápida recuperação pós-operatória. Sempre deve ser realizado por profissionais capacitados e bem treinados.
Atualizado em 15/06/2015