Alergia alimentar oculta – procedimentos usados no diagnóstico

Continuamos esta semana com a série sobre as alergias alimentares e a influência que podem ter nas doenças inflamatórias dolorosas crônicas. Nosso convidado, Dr. Gilberto de Paula, alergista, imunologista e nutrólogo.

DESCOBRINDO AS ALERGIAS ALIMENTARES OCULTAS

Muitos pacientes com enxaqueca clássica são portadores de alergias alimentares ocultas, que podem ser evidenciadas por meio da exclusão e do desafio de forma fácil e objetiva.

O aparelho digestivo, por ser intensamente inervado e por ter uma grande quantidade de gânglios linfáticos, tem uma atividade imunológica muito intensa, pois frequentemente é confrontado com uma grande quantidade de proteínas estranhas ao organismo, vírus, bactérias, fungos.

Os alimentos, ao serem ingeridos, precisam ser transformados em seus constituintes básicos pela digestão. Somente com uma digestão completa será evitada a apresentação de proteínas estranhas ao sangue do paciente, que irá produzir anticorpos ou irá reagir com um processo inflamatório não imunológico.

Dietas monótonas, distúrbios digestivos enzimáticos, desequilíbrios da flora intestinal, crescimento de fungos ou bactérias nocivas à saúde humana podem favorecer a sensibilização do tipo tardio ao alimento. Daí a necessidade de reordenar não somente a dieta, mas, eliminar parasitas intestinais, remover fungos e recompor a flora intestinal nos pacientes com alergia alimentar oculta.

IMUNOTERAPIA NA DESSENSIBILIZAÇÃO A SUBSTÂNCIAS OFENSIVAS AO ORGANISMO

Esta é uma forma de tratamento médico, descoberta há cem anos, que consiste na utilização da substância ofensiva ao organismo em diluições bem pequenas, tal como um remédio homeopático e que, administrada dessa forma, tem o potencial de dessensibilizar o organismo desta substância. A imunoterapia é uma forma de dessensibilização no que diz respeito a alergias inalatórias alimentares.

Existem dois tipo de imunoterapia: a incremental e a ativada. A incremental usa doses altas dos alérgenos; a ativada usa doses bem diluídas, quase homeopáticas. Os médicos ambientalistas preferem a ativada e utilizam este método para favorecer a dessenssibilização, aliada a uma dieta rotatória.

“O homem e seu ambiente diante das ameaças globais”

COMO ESTABELECER SE UM PACIENTE TEM UMA ALERGIA ALIMENTAR TARDIA?

Solicitamos ao paciente que realize dois procedimentos básicos.

1) Um relato de sua dieta das 24 horas por cinco dias, sem omitir nada do que foi ingerido e sempre anotando no ato da ingestão. Não é recordatório; é relato do dieta durante as 24 horas.

2) O preenchimento de um questionário de alergia alimentar. Caso ele responda a mais de três perguntas de forma afirmativa, é um provável candidato a ser portador de uma alergia alimentar oculta

Além desses dois, nos pacientes com dores generalizadas no corpo utilizamos a termografia de corpo total para verificar se existem processos inflamatórios na região do abdômen, sugestivas de uma origem inflamatória do aparelho digestivo.

A termografia é um método não radiológico, não invasivo, e indolor, que capta a radiação infravermelha emitida pelo corpo, permitindo ao médico visualizar imagens (sinais térmicos) que lhe informam a origem e localização de uma inflamação ou dor no corpo humano. Por sinal, é um exame de grande utilidade na prevenção do câncer de mama.

Criança com sensibilidade a glúten, 6 anos.Há 3 anos com dores abdominais recorrentes que a levavam a vários serviços médicos e PS.Com a retirada do glúten remissão completa da dor.Teste imunológico para glúten positivo.Anti gliadina elevado.

 

 

Adolescente com problema de comportamento e tremores essenciais,intoxicada por cobre.Alergia e adicção a açúcar.O bebedouro do colégio é velho e libera cobre.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mulher,34 anos,dor pélvica há 5 anos durante relação sexual e ao deitar sobre o abdôme.Rx,US,RM,TC,histerosalpingografia negativos.Alergia a café,trigo e leveduras.

 


Compartilhe: