A edição de outubro de 2013 da Harvard Business Review Brasil traz uma reportagem relevante sobre a estratégia para consertar o Sistema de Saúde.
A matéria se baseia na publicação do livro Redefining Health Care dos autores Michael Porter e Elizabeth Teisberg.
O centro de toda discussão é como conseguir agregar valor aos atendimentos médicos. Como alcançar isso?
Quem teve oportunidade, leu na reportagem da Veja São Paulo de 6/11/2013 como o rei do camarote, o empresário Alexander de Almeida, faz para agregar valor às suas baladas na noite paulistana. Mas quando o assunto é saúde tudo é mais complexo. Tomando como exemplo os seguros de saúde, a equação que todo gestor de plano almeja é ter melhores resultados sem elevar os custos, ou reduzir custos sem comprometer os resultados.
Então temos de buscar na literatura embasamento científico para dar suporte às intenções de mudanças . Estudos publicados pela Harvard Business School apontam que, na área da saúde, quem faz mais faz melhor. Essa conclusão baseia-se na menor taxa de mortalidade que obtiveram os hospitais com maior volume cirúrgico quando estudadas cirurgias de esôfago, aorta e coronárias, comparado com taxas de maior mortalidade em hospitais com menor volume cirúrgico nas mesmas cirurgias.
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Mas cada área da medicina precisa se preparar para dar sua melhor resposta e otimizar seus resultados.
Em nossa área, a medicina da dor, pacientes que transitam de um lado para outro entre diferentes profissionais da saúde, geram perda de tempo, muitos exames em redundância, atrasos de diagnóstico e tratamento.
Quando se consegue colocar esse paciente diante dos olhos de diferentes experts em um mesmo local, atinge-se o objetivo do paciente que é se sentir acolhido por uma equipe, com economia de tempo, e com comunicação congruente, já que todos integrantes falam a mesma linguagem. Isto é o que a reportagem da Harvard Business Review nomeia como Unidade de Prática Integrada.
Há cinco anos vimos executando com sucesso esse modelo no Singular-Centro de Controle da Dor, agregando valor aos atendimentos. A resposta que não conseguimos ainda é dar todo um atendimento de qualidade aos custos que a maior parte dos planos de saúde deseja pagar e estender esse modelo em escala a toda população.